Discursos e homenagens dirigidos aos alunos concluintes da 3ª série do Ensino Médio/EJA, 1 semestre de 2011, da Escola Estadual Profª Carolina Cintra da Silveira.
Nesses discursos, percebe-se a vivência de uma relação real entre educadores e educandos, destacando a beleza de uma educação relacional, construída na efetiva experiência e na aproximação real entre professor e aluno. Essa efetividade relacional promove, na ambiência do ensino aprendizagem, uma vivência prazerosa, em que os afetos incitam nas pessoas participantes do processo, tanto educandos como educadores, responsabilidade afetiva e desejo real pelo progresso no saber e pela vividez da comunicação, abrindo espaço para a liberdade de expressão, chamada à reflexão e um convite a autonomia, destacando também, a alegria de todas as partes pela evolução e conquista do saber.
Educação real, só pode existir como uma educação relacional.
Nesses discursos, percebe-se a vivência de uma relação real entre educadores e educandos, destacando a beleza de uma educação relacional, construída na efetiva experiência e na aproximação real entre professor e aluno. Essa efetividade relacional promove, na ambiência do ensino aprendizagem, uma vivência prazerosa, em que os afetos incitam nas pessoas participantes do processo, tanto educandos como educadores, responsabilidade afetiva e desejo real pelo progresso no saber e pela vividez da comunicação, abrindo espaço para a liberdade de expressão, chamada à reflexão e um convite a autonomia, destacando também, a alegria de todas as partes pela evolução e conquista do saber.
Educação real, só pode existir como uma educação relacional.
A inestimável conquista.
Boa noite premiados alunos da 3ª série G e 3ª série H do Ensino Médio.
Aqui na frente, fisicamente sou um. Porém no sentimento, de alegria, satisfação e esperança sou múltiplo, represento o sentimento de todos os professores que ao longo da trajetória no Ensino Médio, na Escola Prof. Carolina Cintra da Silveira, lecionaram à vocês.
Gostaria que introspectivamente, reflitam sobre alguns problemas que direciono a vocês, a saber:
Gostaria que introspectivamente, reflitam sobre alguns problemas que direciono a vocês, a saber:
O que quero?
O que preciso?
O que devo?
O que necessito?
O que preciso?
O que devo?
O que necessito?
Na caminhada existencial somos colocados diante de opções, que, a partir de nossos posicionamentos, traçarão o nosso futuro. Como seres humanos, somos seres em construção -, como diria o filósofo Mario Sergio Cortella – não nascemos prontos. Somos uma mistura do que escolheram e fizeram por nós o do que escolhemos e fizemos por nós mesmos. A partir de nossa maturidade, seremos o que escolhermos para nós. Portanto, ser um ser de opção, de livre arbítrio é uma das características que perfazem o ser humano.
Ao longo da trajetória existencial de vocês, muitas decisões foram tomadas. Decisões pautadas às vezes por meros desejos efêmeros ou caprichos pessoais – o que quero? - Pela força das circunstâncias - O que preciso? – Pela ética – o que devo? E pelo IMPRESCINDÍVEL – o que necessito?
Ao longo da trajetória existencial de vocês, muitas decisões foram tomadas. Decisões pautadas às vezes por meros desejos efêmeros ou caprichos pessoais – o que quero? - Pela força das circunstâncias - O que preciso? – Pela ética – o que devo? E pelo IMPRESCINDÍVEL – o que necessito?
Como seres humanos, somos instintivos, impulsivos, mas também, racionais e reflexivos. Nem sempre somos levados por nossos impulsos e instintos, e nem sempre por nossa razão ou por decisões tomadas a base de ponderações reflexivas. Porém, é certo que somos construídos com os tijolos produzidos por nossas opções, por nossas escolhas. Muitos preferem optar pela escolha de outros, ou seja, preferem deixar a angústia da opção pessoal na responsabilidade de outros, outros escolhem escolher junto com alguém, e alguns, escolher individualmente, a partir de um solitário recolhimento visando uma tomada de decisão acertada.
Independentemente da maneira em que vocês interpretaram a aquisição de conhecimento, ou seja:
como resposta a indagação: o que quero? – buscando o conhecimento para satisfazer um capricho ou a uma vaidade pessoal.
como resposta a indagação: o que quero? – buscando o conhecimento para satisfazer um capricho ou a uma vaidade pessoal.
Como resposta a pergunta: - o que preciso fazer? Assumindo a busca do conhecimento como uma carência para enfrentar a vida prática e objetiva, por exemplo, para satisfazer as exigências do mercado de trabalho.
Como resposta ao problema: O que devo? – entendendo o conhecimento como um dever, uma obrigação pessoal, por exemplo, para servir de inspiração e de exemplo aos filhos ou para você mesmo não se sentir cobrado pela sociedade.
Como resposta ao problema: O que necessito? Interpretando o conhecimento como uma essencialidade, como uma necessidade fundamental ao o ser humano.
Independentemente da maneira em que vocês buscaram o conhecimento, boa parte desse conhecimento adquirido nesse um ano e meio – fizeram de vocês pessoas mais ricas, mais inteligentes e mais dignas, sendo que esse acréscimo de dignidade foi conquistado pelo fato de vocês, deixando o comodismo, a comodidade de lado, agirem de maneira autônoma em favor de si próprio, de sua própria pessoa.
Parabéns, esse bem adquirido ninguém pode lhes roubar. Essa conquista é para toda a vida. Não lhes servirá como meio de exercer arrogância, pelo contrário, lhe trará mais humildade, por que agora vocês se aproximam dos doutos ignorantes - doutores em ignorância como já afirmara Nicolau de Cusa. Conhecendo um pouco mais, vocês puderam perceber quão vasto é o conhecimento e quão distante vocês estão de sua totalidade, vocês puderam se apropriar do conhecimento socrático “Só sei que nada sei”. Esse é o privilégio do sábio. Saber que nada sabe – já é saber de alguma coisa, o que o leva a sempre buscar conhecimento. Ao passo que, aqueles que sem buscar conhecimento se arrogam sabedores – efetivamente nada sabem – pois, nem conhecem sua própria ignorância.
Disse Mounier: "O que não age não é!" Assim, buscando conhecimento, vocês podem, enfaticamente, com Descartes afirmar: Penso, logo existo – ou com outras palavras: eu sou um ser racional! – Pois na busca do conhecimento estão a agir em prol da razão. Estudando alimentam o eu racional, ou seja, agem em prol da intelectualidade, da humanidade, da racionalidade.
Não sei se perceberam, buscando conhecimento, em parte, responderam ao problema: O que necessito? – Pois conhecimento é uma necessidade vital ao ser de razão. Portanto, a atitude de vocês em buscar conhecimento foi uma atitude em prol do IMPRESCINDÍVEL, do fundamental, do essencial.
Por isso, bem aventurado são vocês.
Com muita alegria, os felicito pela inestimável conquista:
O saber.
Lailson Castanha
Professor de Filosofia na rede pública do Estado de São Paulo.
Professor de Filosofia na rede pública do Estado de São Paulo.
Caminhada, relação e aprendizado.
O primeiro dia de aula; o primeiro amor; o primeiro beijo; o primeiro emprego; o primeiro salário; o primeiro filho. Nossas vidas são repletas de primeiras vezes. E foi com grande alegria que eu tive minha primeira experiência em sala de aula com vocês.
Acredito que todos aqui perceberam minha timidez nos primeiros dias de aula. Eu poderia saber sobre períodos literários ou sobre colocação pronominal, mas não sabia como lidar com pessoas. Pessoas que possuem uma personalidade. Cada um aqui é uma pessoa única, um ser com suas próprias dificuldades e suas próprias aptidões. E cada um me olhava de uma maneira diferente no primeiro dia de aula.
Eu possuía o conhecimento enciclopédico – dos livros que li, das aulas que assisti – mas todas as teorias sobre a profissão docente não tinham me preparado para a prática. E lá estava eu, em março, olhando para personalidades distintas com as quais eu tinha o dever de instruir para uma percepção maior da língua portuguesa.
Nestes poucos meses juntos eu não só ensinei, eu aprendi. Aprendi coisas valiosíssimas com vocês que ultrapassam o ambiente escolar. Eu entrei nesta relação com meu conhecimento acadêmico, vocês com suas experiências.
Hoje, quero agradecer a vocês. Conseguimos cumprir esta tarefa juntos. Hoje vocês se formam no Ensino Médio. Eu, com a ajuda de vocês, hoje, sou uma professora mais confiante.
Agradeço, também, aos meus colegas e a direção, pelo apoio e a troca de experiências. Aos funcionários da secretária, da cozinha e da limpeza. Juntos somos uma família.
E para que vocês percebam um pouco da professora que os acompanhou nestes poucos meses, eu quero dizer: VALEU, turmas do 3º EJA.
Acredito que todos aqui perceberam minha timidez nos primeiros dias de aula. Eu poderia saber sobre períodos literários ou sobre colocação pronominal, mas não sabia como lidar com pessoas. Pessoas que possuem uma personalidade. Cada um aqui é uma pessoa única, um ser com suas próprias dificuldades e suas próprias aptidões. E cada um me olhava de uma maneira diferente no primeiro dia de aula.
Eu possuía o conhecimento enciclopédico – dos livros que li, das aulas que assisti – mas todas as teorias sobre a profissão docente não tinham me preparado para a prática. E lá estava eu, em março, olhando para personalidades distintas com as quais eu tinha o dever de instruir para uma percepção maior da língua portuguesa.
Nestes poucos meses juntos eu não só ensinei, eu aprendi. Aprendi coisas valiosíssimas com vocês que ultrapassam o ambiente escolar. Eu entrei nesta relação com meu conhecimento acadêmico, vocês com suas experiências.
Hoje, quero agradecer a vocês. Conseguimos cumprir esta tarefa juntos. Hoje vocês se formam no Ensino Médio. Eu, com a ajuda de vocês, hoje, sou uma professora mais confiante.
Agradeço, também, aos meus colegas e a direção, pelo apoio e a troca de experiências. Aos funcionários da secretária, da cozinha e da limpeza. Juntos somos uma família.
E para que vocês percebam um pouco da professora que os acompanhou nestes poucos meses, eu quero dizer: VALEU, turmas do 3º EJA.
Elizangela Carneiro Lobo
Aluna de Letras da FFLCH – USP e
Professora da Rede Pública Estadual.
Aluna de Letras da FFLCH – USP e
Professora da Rede Pública Estadual.
Parabéns, aos persistentes.
O sucesso é daqueles que batalham, e com toda certeza vocês são merecedores desse sucesso.
Parabéns por essa conquista, e que esta conquista impulsione outras buscas e abra novos horizontes, apontando para um futuro luminoso.
Parabéns a todos que se esforçaram, que buscaram cada dia o seu sonho e que merecidamente venceram, e que hoje alcançaram uma pequena parte que ainda podem conquistar com a força de vontade e a persistência em que trouxeram vocês hoje aqui.
Parabéns por essa conquista, e que esta conquista impulsione outras buscas e abra novos horizontes, apontando para um futuro luminoso.
Parabéns a todos que se esforçaram, que buscaram cada dia o seu sonho e que merecidamente venceram, e que hoje alcançaram uma pequena parte que ainda podem conquistar com a força de vontade e a persistência em que trouxeram vocês hoje aqui.
Esperamos que esta vitória seja o inicio de muitas outras conquistas.
E que DEUS abençoe a cada um de vocês.
PARABÉNS!
Profª Adriana Lacerda.
Professora de Biologia na Rede Pública do Estado de São Paulo.
Professora de Biologia na Rede Pública do Estado de São Paulo.