quarta-feira, 15 de abril de 2015

A Autenticidade e a eticidade com aspectos da beleza pessoal

A AUTENTICIDADE E ETICIDADE COMO ASPECTOS DA BELEZA PESSOAL

Um dos mais fortes traços da beleza pessoal é a autenticidade aliada a eticidade, revelada nas escolhas, atos e posturas pessoais, marcadas como características fundamentais de determinada pessoa.
Há pessoas bonitas de várias formas, de corpo, de rosto, em seus trajes, belezas que podem ser facilmente encontradas em diversos ambientes sociais, mas, sem a autenticidade e a ética, em certo aspecto podem até ser bonitas, mas incompletas, sem as virtudes fundamentais, não se fazem pessoalmente belas. Porém, a autenticidade aliada a ética, faz a pessoa que vivencia essas virtudes, alcançar a Beleza Pessoal.
Uma pessoa autêntica não se apropria de nenhum artifício para negar a sua condição pessoal, independentemente do momento em que vive, não se desfaz de suas posturas, eticamente marcantes, em troca de gestos que se apresentem como conveniências ou possibilidade de anuviar certa situação.
A pessoa autêntica e ética encanta por SER o que É, ou seja, por não ser tão transitória, como sãos as águas de um rio, encanta-nos, pelo fato de SER, pois aqueles que apenas estão sendo, de acordo com as "estações" existenciais, não possui a beleza do SER, por se fazer um constante vir a ser. Um vir a ser não tem cara, não tem traços éticos, não tem identidade determinada; com ele não se pode contar, pois não se pode, efetivamente vê-lo, não se pode perceber como, fundamentalmente, ele é. Ele é um fluxo -, e fluxo, como tal é o que está sempre sendo -, ou seja, uma constante transição.
Uma pessoa autêntica e ética, é Bela, por sempre acolher as virtudes que se materializam, peculiarmente, em grandes, ou em singelos e humanos gestos, modelados sempre por sua pessoalidade, pelo comportamento que a faz singular.
Em um mundo de cópias existenciais, onde a maioria reproduz os vícios humanos que dela se espera - , Bela , é a pessoa autêntica e ética, não movida pelas tendências de sua época, humanamente degradada, despersonalizada e desvirtuada. Nesse mundo de cópias, de inautenticidade pessoal, a pessoa autêntica e ética, encanta.

Lailson Castanha

sexta-feira, 3 de abril de 2015

O abandono das velhas práticas visando uma vida melhor.



REFLEXÕES DA CAMINHADA
O abandono das velhas práticas inadequadas, em favorecimento a novas práticas, visando uma vida melhor.
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Em nossa existência somos marcados por poucas certezas inabaláveis; a morte é uma dessas certezas. Além da inabalável convicção de que morreremos, podemos destacar, como certeza indubitável, o fato de que ignoramos, salvo a convicção da morte, o que nos ocorrerá no futuro. Porém, apesar dessa certeza indubitável, é possível, racionalmente, postular o alcance de possibilidades desejáveis, a partir da adoção de escolhas e práticas, criteriosamente assumidas.
Pensando sobre a vivência de as possibilidades desejáveis em nossa vida, naturalmente, já estamos entrando em uma reflexão sobre a nossa felicidade, entramos no questionamento de o que fazer para sermos felizes.
Assim como o nosso Eu é uma construção existencial, a felicidade em nós, também. Assim como toda boa edificação é pautada na escolha de critérios coerentes com a finalidade da obra, ou do construtor, a edificação de nossa vida, que busca o alcance e a permanência da felicidade, também deve passar pelo crivo dos critérios coerentes.
Pensando, criteriosamente sobre o nosso desejo de ser feliz, chegaremos a percepção de que, algumas coisas que vivenciamos, algumas características e costumes que não abrimos mão, alguns materiais usados em nossa construção -, não se fazem interessantes para o fim que almejamos -. Devemos observar os materiais comprados, e abandonar aqueles que não se adéquam à finalidade da construção. Humanamente, devemos observar os erros que insistimos em cometer - , atitudes, costumes e vícios -, que não colaborarão para a boa estrutura de nossa humana casa, que visa se fazer, vida feliz, e aprender a superá-los, a abandoná-los.
Se, em uma construção, foi constatado que alguns materiais, nela utilizados, são inadequados para a estrutura que se visava construir, eles devem ser substituídos por outros. Na construção humana, a lógica é a mesma. Se nossas posturas, costumes e práticas, implicam em um inadequado modo de ser, se nos levam a constante inauguração de momentos infelizes, se instauram a infelicidade, na busca de uma vida melhor, o que se tem a fazer, é superá-los, perseguindo outra forma de ser. Se nossas práticas costumeiras, se algumas características pessoais, tem nos envolvidos, ainda mais, na angustiosa infelicidade, há que buscar transformações, embora, sabe-se, que é uma recorrente prática humana, se agarrar nos costumes, nas tendências, mesmo que os tais tenham ligação direta com o infortúnio de nosso ser.
Ora, se pessoalmente percebemos que nossas posturas, nossas escolhas, nossas práticas, que se repetem, são inadequadas em nossa busca por felicidade, se ficou constatado que esse repertório de práticas nos afastam ainda mais de nosso anseio, pelo contrário, faz-nos engessados ao tipo de existência que rejeitamos, que nos faz infelizes -, a opção mais coerente que se deve assumir, ou ao menos, lutar para assumir -, é a adoção de escolhas, posturas e práticas novas, diferentes daquelas que têm-nos petrificado no infortúnio da vida infeliz.
Sabe-se que luta por transformação pessoal distancia-se muito da ideia da fácil mudança. Além disso, os costumes, as escolhas e as práticas, não são alvos de fácil substituição, não são simplesmente arrancados, trocados por práticas melhores -, pois, se tratando de vida humana, toda metáfora é inapropriada. Apesar de nos valermos aqui de uma metáfora, somente em partes ela pode ser usada, pois vida humana, de tão peculiar, com nada pode ser, em absoluto, comparada.
Sabendo que não se transforma vida humana, com a mesma praticidade, com que se reforma uma casa. Toda busca por transformação pessoal, por mudanças, por se processar angustiosamente, tem que ser feita com a reflexão, e com muita luta íntima, como muito desejo, e com convicção de que a assunção de novas medidas, novas escolhas, posturas e práticas, é fundamental para si, para o alcance de uma vida feliz, ou, ao menos, sadia.
Se nossas práticas, posturas e escolhas não nos levaram a uma existência feliz -, a uma vida que nos faz reconhecer que nossos caminhos estão levando-nos a um bom termo -, se faz ou não necessário, o abandono de nosso repertório de ações, em favorecimento a adoção de um novo modelo de vida, a saber, de novas escolhas, posturas e práticas?
Se nossos erros recorrentes tem-se feito, nutrientes de nosso infortúnio, de nossa infelicidade, qual deve ser a atitude mais coerente? Tentarmos extirpa-los, enfraquecê-los, dando espaço a outras práticas mais coerentes com o nosso desejo pela alcance da felicidade, ou, continuarmos dando espaço ou vazão as práticas equivocadas, ao continuísmo das velhas obras? Se o que sempre fizemos não nos leva a um fim desejado, é ou não é tempo de adotarmos outras estratégias, outras escolhas, posturas e práticas - mesmo sabendo que não nos será fácil, e mesmo sem a certeza que, de fato alcançaremos nosso propósito?

Lailson Castanha
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Foto: Parque Santo Dias, São Paulo. SP.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Gratidão


GRATIDÃO

Bendito "não" que me levou a um bem maior por meio de um acolhedor sim.
Bendita recusa que me motivou ao movimento, à procura, à outros espaços, levando-me ao encontro da aceitação.
Benditas portas que se fecharam, incitando-me a encontrar portas abertas, com acolhedores espaços.
Benditos caminhos tortuosos, que me fizeram, ansioso por caminhos melhores, os encontrar.
Bendita dor que, magoando-me, fez-me forte, para considerar algumas dores, trivialidades da existência.
Benditos sofredores que, sofrendo, fizeram-se forte e me inspiraram, ainda em minha fraqueza, fazer-me forte.
Bendito sim.
Bendita aceitação.
Benditos caminhos melhores.
Bendita força.
Bendita inspiração.
Bendita vida, com seu não, sua recusa, portas fechadas, caminhos tortuosos, sua dor, seus sofredores.
Bendita vida, com toda a sua potencialidade de superação e a possibilidade de uma realidade aprazível.

BENDIZE, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. (Sl 103:1 )


Lailson Castanha

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Escrevo e descrevo

ESCREVO E DESCREVO

Essa passagem linda chamada vida é privilégio grande para não ser retratada.
Escrevo porque vivo, e porque vivo vida de gente: gente que pensa, percebe, vê, sente e por isso escreve.
Escrever, é, também, testemunhar. É retratar por escritos belas e terríveis sensações, que por suas peculiaridades, pela riqueza de serem únicas, não devem ser ignoradas e nem sofrer o desprezo chamado omissão.
Escrevo o que vivo e o que penso que vivo, mas se pensar é também viver, escrevo minha existência, escrevo o que sou - e sou, como ensina o Mestre Ortega -, eu e a minha circunstância.
Escrevo porque valorizo a existência e o seu repertório de experiências a mim dispensado. Me apropriando de um dos itens do menu existencial, escolho um prato de meu cardápio existencial: uma experiência que vivi, na forma de uma paisagem que conheci, de uma pessoa que me encantou, ou me aborreceu, entre outras experiências, e escrevendo, me alimento e oferto a mesma alimentação por mim digerida, em palavras, para que me lê.
Escrevo e descrevo porque, assim fazendo, me alimento e, penso: te alimentarei, quando leres o item que - exposto diante de teus olhos, te ofereço -.

Lailson Castanha